“Era um lugar frio e sujo, a musica alta não deixava as pessoas conversarem, as mesas estavam cheia de garrafas e copos e cada pessoa tinha um semblante em especial algumas alegres outras tristes e muitas escamoteando seus sentimentos tentando se misturar em meio ao ambiente. Em passos lentos fui me aproximando do balcão pedi algo forte, que prontamente foi atendido. Fiquei surpreso com o efeito que aquela pequena dose causou no meu organismo, parecia que havia engolido uma pedra em brasa e rapidamente senti meu corpo ficar levemente pesado e minha percepção meio deturpada. Apoiei-me ao balcão de com um movimento firme empurro meu corpo para trás em busca de voltar a seguir meu rumo, só que havia uma pessoa atrás de mim e não consegui desviar e esbarrei nela, pedi desculpas e segui o meu rumo às mesas de sinuca.
Não me recordo do jogo, mas sei que estava perdendo também não seria difícil, pois não acertava nenhuma jogada que tentava executar. Após algumas fichas perdidas, resolvi sair de lá, não sei o motivo ao certo eu não estava me sentindo bem, o ambiente estava me oprimindo... Tentava enxergar o rosto das pessoas e não conseguia discernir nenhuma... Tudo estava ficando turvo... Senti um refluxo vindo e me dirigi a saída do lugar e no caminho uma senhora me para... Dessa eu me lembro muito bem... Cabelos grisalhos, olhos castanhos, um rosto de quem já teve uma vida extremamente bem vivida e uma voz rouca, mas que me transmitia segurança...
Ela me pegou pelo braço e com uma voz imperativa me disse
- Corre... Tem um amigo seu precisando de você lá na praça...
Instintivamente sai meio que trôpego em busca desse amigo, quando o refluxo vem mais forte... E tento conte-lo com as mãos o que foi inútil, assim sujando minhas mãos e o chão a minha frente... A vista melhora um pouco e me escoro e uma parede... Passo uma das mãos na boca me tentando “limpar” e olho as mãos, e acabo tendo uma visão e me deixa apavorado... Era sangue... Eu havia vomitado sangue... Cambaleante tenta ir à praça, quando sinto uma dor aguda em minhas costas a vista escurece... E tombo ao chão...”.
Abro os olhos lentamente e olho ao redor... Estou no meu quarto... Minhas costas ainda doem me levando e vou ate o banheiro... Jogo um pouco de água no rosto... E sigo ate a cozinha, bebo um pouco de água e ela me desce amarga pela garganta... Respiro fundo e penso... “Merda... esses pesadelos tão ficando constantes”.
Desse jeio eu vou acabar tendo um treco...
2 comentários:
Puxa ... Como as coisas são, né ... pois eu nunca mais tive pesadelos. Nunca mais mesmo.
Espero que possa deixar de tê-los. E assim poder ter noites mais tranquilas.
Até
Bem-vindo ao clube dos que não tem paz nem nos sonhos...
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